sexta-feira, 18 de maio de 2012

Início sistemático dos relatos



Bem, o que me levou a fazer essa página específica sobre minha relação com as plantas e as formigas foi o sistemático ataque das segundas sobre as primeiras.

Já fiz uma primeira postagem no corpo do blog no dia 12 de Abril de 2012 (você pode ler clicando aqui), quando tive uma ajuda surpreendente de uma aranha para o "controle" das formigas.
De maneira alguma eu pretendo dizimar as formigas. Pretendo entender a convivência e mantê-las vivas, com seus afazeres diários. Afinal, quem inventou essa ideia de colocar novas plantas (floríferas) no jardim, fui eu mesmo. Elas, em qualquer momento, têm qualquer culpa de seguirem suas vidas, da forma que sempre foi. Então, esse é um problema meu! E das plantas que eu estou entregando para os ataques..., infelizmente.



Bem, minha ideia toda é que tanto eu, como as plantas e as formigas continuemos vivos. Ninguém deve sair ferido, mutilado ou ser morto. Quero encontrar uma convivência e ter a exuberante beleza das flores no jardim.


Depois daquela postagem de Abril, de uma hora para outra, sem mais nem menos, subitamente, a aranha SUMIU!! Sim, sumiu! Uma pena. Adivinhe só quem apareceu? As formigas. Um exército!

Isso vem a fortalecer um pouco mais a minha ideia inicial de que a aranha estava mantendo as formigas longe da planta que eu queria que ficasse bem. Mas não houve tempo suficiente para que eu pudesse me aprofundar, mesmo que empiricamente através das minhas observações biológicas, para ter qualquer traço de certeza. Uma pena. Estava tudo indo tão bem...

E as formigas iniciaram seu ataque a uma trepadeira que eu também plantei ali, antes ainda do brinco-de-princesa, que coloquei ao lado da trepadeira. É uma Mansoa difficilis (cipó-de-sino). Não vem ao caso, agora, se o plantio dela foi correto ou não, quanto ao clima que ela precisa para bem se desenvolver, já que aqui, na Serra Gaúcha, faz muito frio ao longo do ano, especial e muito intensamente no Inverno. Ah, que fique claro, no início, quando plantei o cipó-de-sino, não houve qualquer ataque. Aliás, naquele tempo a aranha ainda estava por lá!

Pois bem, como em diversas outras descobertas no mundo humano, sem muito querer, ou melhor dizendo, sem nem pensar no que veio a acontecer, eu colocava "restos" de comida de passarinho no local para onde eu havia transplantado aquele belíssimo brinco-de-princesa cor de rosa (Fuchsia sp.). Eu colocava esses restos pensando em melhorar a terra, já que essas comidas são bastante energéticas e têm diversos minerais necessários à manutenção da vida. Uma tentativa de adubar a terra, que naquele local não era das melhores. e "ajudar" a natureza a propiciar um bom local para o brinco-de-princesa.

E quando notei, já sem encontrar mais a aranha, as formigas estavam carregando avidamente os grãos de painço, de alpiste, de quirera (ou quirela), dentre outros. E, melhor, deixaram as plantas em paz! Me perguntei diversas vezes o porquê daquilo. Por que, raios, as formigas não estavam indo na planta?

Bem, pensei e encontrei algumas hipóteses: ou gastam muita energia para subir na planta e pegar os tenros brotinhos e depois descer ou, simplesmente, essas comidas de passarinho são realmente muito mais propícias aos fungos que as formigas criam para se alimentar. Não cheguei a pensar em outras hipóteses, afinal "conclusão é o lugar onde se chega quando se para de pensar"...

Beleza, meus problemas acabaram! Era só eu dar comida de passarinho para as formigas! Fácil assim.

Alguns dias mais tarde, sempre pensando em melhorar a qualidade daquela terra argilosa e pouco rica em que essas plantas estão, depositei cascas de bergamota (tangerina, mexerica, dependendo do Estado em que você está).

Nossa, se as formigas falassem, acho que elas estariam me agradecendo, mas com aquelas boquinhas tão pequenas, nunca ouvi nada... (eheheheheh). As formigas adoraram, mais ainda do que a comida de passarinho! Os exércitos estavam em grande parte em cima das cascas. Dizem que o que vemos de uma colônia de formigas é apenas em torno de 5%. No furor das cascas de bergamota, certamente o percentual foi em muito aumentado!

Deixei elas quietas, sempre, para fazerem o que sempre fazem: ir buscar comida. Acho que elas têm lonbriguinhas nas barriguinhas... ehehehh.

Gostei da ideia de fazer as formigas trocarem seu foco e deixarem as planas em paz. Outro dia, depois de fazer suco de laranja, joguei os restos lá perto das plantas (que é perto do formigueiro, também. Junto, aliás). Muitas formigas, muitas formigas. Nas laranjas! Que beleza.

Hoje posso dizer, na verdade, que eu tenho formigas de estimação, pois eu estou cuidando muito mais das formigas do que de qualquer outra coisa.

Interessante, tudo isso, não?!

Continuarei colocando aqui minhas impressões e relatando como os fatos estão se sucedendo. Afinal, é, no fim das contas, uma grande diversão!

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